A vida a andar para trás...

João Negreiros, poeta e dramaturgo português.

Intenso.

Luto lento: A vida a andar para trás

Volta Gaudí

Image via Wikipedia

Aquando da arrumação dos meus livros, deparei-me com um exemplar oferecido pelo Miguel, a quem agradeço imenso, sobre a vida e obra de Antoni Gaudí. Não podia deixar de referenciar no Lightning Garden este fantástico artista que obteve a sua inspiração na observação da paisagem dos campos de Tarragona, embora que pelas piores razões. Gaudí sofria de artrite e desde pequeno não podia ser energético como as restantes crianças, passando assim as suas horas a obervar as pedras, as plantas, as flores, os insectos ... toda a Natureza.

Gaudí, destaca-se de arquitectos como Wagner, Hoffman ou Olbrich, historicamente importantes a nível da arte e da arquitectura, dada a sua capacidade de romper com a tradição e com a fidelidade aos estilos históricos, seguindo a sua vontade sem se preocupar em agradar a sociedade "eufórica" burguesa de 1900. A sua aventura pessoal, que lhe permitiu realizar as suas obras com independência e originalidade, percebendo a transição do mundo Europeu que a arquitectura deveria espelhar, fez dele uma das mentes mais ilustres da transição do século XIX para o século XX, tentando terminar com alguns romanticismos neomedievais. Contrapondo-se também ao habitual, as maquetes eram as soluções empíricas utilizadas por Gaudí como forma da realizar os cálculos matemáticos referentes a cargas ou ornamentos.
Uma das prova da origem natural da sua inspiração pode ser encontrada na "Sagrada Família", cujas colunas se ramificam como árvores.

Embora sem um fim digno do artista, são várias as obras de Gaudí que deliciam hoje todos os sentidos de quem as visita. Tenho pena de não ter tido tempo para visitar as restantes obras, mas as poucas que vi dão-me a certeza que este arquitecto contribuiu em muito para o que é hoje a grande e bela cidade de Barcelona.

Oktapodi ou Presto?

Criada pelos estudantes da escola francesa de animação Gobelins (Julien Bocabeille, François-Xavier Chanioux, Olivier Delabarre, Thierry Marchand, Quentin marmier e Emud Mokhberi), Oktapodi é uma envolvente curta metragem que resultou em prémios como o de "melhor animação" no Festival Imagina Awards de 2008. Passado na Grécia, o amor de dois polvos supera a "fome" humana, constituindo uma aventura hilariante de 2 minutos e meio.

Este romance encontra-se nomeado para os Óscares de 2009, no entanto, pessoalmente creio que outra curta põe em causa a certeza da entrega do prémio a Oktapodi. Trata-se de Presto, uma animação da Pixar, onde um mágico tenta fazer o seu número com o coelho e este recusa até conseguir uma cenoura, fazendo o mágico passar alguns maus bocados que por sinal vão agradar à plateia.

Aqui fica Oktapodi para deliciar os amantes da animação.

Porque 1984 não será como "1984"?

Já com uns diazinhos de atraso, não posso deixar de felicitar o Macintosh, pelos seus 25 anos de existência. Não tenho propriamente muita experiência com esta grande invenção, mas pessoalmente acho que um ano é o suficiente para perceber que é dos melhores computadores com que se pode trabalhar.

Numa época em que nos começamos a consciencializar dos problemas por o que têm passado os nossos ecossistemas, o Mac vem mais uma vez surpreender e dar um passo à frente, deixando para trás as enormes quantidades de combustível fóssil utilizada na confecção normal dos computadores e passando a ser construido com materiais altamente reciclaveis e sem muitas das substâncias poluentes.

Aqui fica o comercial do lançamento do Macintosh, em 1984, realizado por Ridley Scott onde o Mac rompe com a ficção real do Big Brother de George Orwell.



Parabéns Mac!